quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Manequim.


Um céu, uma nuvem, um sol, um manequim.
O mar. A onda. O vento. Ele também estava ali. Não era dia de praia, era segunda feira, mas eles estavam tão apaixonados. Por que o dia havia de fazer diferença? Ela tinha medo das ondas fortes, mas eles riam, a felicidade não cabia em si. Uma feira. Uma fruta. Um aroma. Eles estavam a comer. Manequim adorava frutas fresquinhas na feira, ele trazia seu bem querer. Infelizmente, pôs-se a chover. Ela não gostava do cinza, queria sol a brilhar. Ele não concordava, então começaram a brigar. Seria a chuva o pior problema? Certeza. Já havia um dilema. Gostar da mesma praia e de frutas frescas, não devia ser o suficiente. Ele se foi. A alma dela ficou doente. Não via céu, não via nuvens, não via sol. Por que será? Foi pro mar. Encontrou as ondas. Deixou o vento levar. Era inverno quando sua alma chorava baixinho, seria esta uma considência? Manequim não encontrava mais a sua essência. O céu laranja de um agosto veio e ela nem percebeu. Mas como? Se ela gostava de cores, tanto quanto eu? Sua vida, depois que ele se foi, ficou assim. Cinza. Sem cor. Sem graça. Pobre manequim.

Thainara Oliveira ;*

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