terça-feira, 7 de setembro de 2010

Meu eu falando da minha madrugada.


Era madrugada. Ela estava em frente ao computador sem nada de importante pra fazer, cansadas das suas músicas, com fome, sem sono e com o esmalte descascando.
O dia foi normal. Ela dormiu a tarde o sono que agora lhe faltava. Os dedos cansados de digitar, a vista cansada de olhar, a cabeça cansada de pensar... Mas ela insiste em escrever.
Um soluço pra atormentar.
Ela resolve fechar os olhos e sonhar. Primeiro em um mundo capitalista do qual fazia parte ou pelo menos queria fazer... Compras e mais compras. Se sentiu mal por isso.
Depois um mundo paralelo, cores, mares, esmaltes, bons livros, músicas impossíveis de se enjoar. Acho que esse era o mundo dela. O mundo em que queria estar.
O terceiro mundo a levava para um mundo de ficções. Agora ela não só escrevia, como também fazia parte. Pena, ela acordou antes do beijo com o galã.
Enjoou de sonhar e continuava a soluçar. Talvez não tinha dormido o suficiente a tarde, as pálpebras agora pesavam. Ela estava pronta pra sonhar sem a sua própria intromissão.
A noite não estava tão silenciosa como se esperava, nem tão fria.
Ela soluçava, a vó roncava e fazia calor. Acho que era o excesso de roupa.
Enfim, já era outro dia. O dia do sexo já tinha acabado. Ela ainda estava naquela de "volta ou não volta" com o ex-namorado.
Agora ela resolveu dormir. Sem nem mesmo comer ou twittar, somente soluçar.
Que coisa mais chata!

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