segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Desses amores que a gente encontra...


A noite na minha cidade sempre fora escura em demasia, e mesmo no verão fazia frio. Não importava se era três ou quatro da manhã, eu sempre precisava de um casaco pra vestir. Além disso, tinha a ânsia por um café, ou uma dose de vodka pura. Não importava muito, aliás é certo dizer que traziam o mesmo efeito. Ressalvo que o álcool me deixava mais alegre, enquanto o café, atenuava a minha solidão. Mas no fim das contas e das coisas, a alegria e a solidão eram sentimentos puramente falsos.
Meus passos sempre foram rápidos e firmes, eu nunca tinha um sentido, uma rota, um destino... Eu ia aonde a falta de senso e de sono me levava. Mas quando estava pra amanhecer, eu sempre me deparava com alguém. Mas naquela madrugada de verão, eu me deparei com ela.
Ela parecia ter saído de algum lugar, menos de uma casa comum, com gente comum. Podia ter saído de uma revista de moda, de uma história em quadrinhos ou até mesmo de uma novela clichê. Ela parecia mentira. Miragem. Eu não estava louco, mesmo tendo misturado vodka com café. Nem em meu maior estado de êxtase, teria inventado alguém feito ela.
Caminhava em passos leves, sozinha, pequena, calma, serena, sei lá. Enquanto ela vinha em minha direção, eu só conseguia pensar em coisa bonitinha. Coisas que eu evitava pensar desde a primeira desilusão amorosa. Quando ela passou por mim, eu a quis pegar no colo e a proteger do vento que batia em seus braços brancos e desprotegidos. Se ela quisesse, ela já me teria como amigo, namorado, marido e cúmplice. Porque com aquela tatuagem no braço, eu já sabia que ela era uma garota incrível, dessas que muito Zé manés como eu, só imaginam.
Eu quis saber o seu nome, seu telefone e endereço. Mas no meu íntimo, essas coisas pouco importavam, porque se fosse preciso eu mudaria seu endereço pro mesmo do meu. Eu quis saber se ela aceitaria um cigarro, mesmo eu tendo parado de fumar há mais de um mês. Eu quis saber se ela gostava de rock antigo, de noites de melancolia, do gosto que fica na boca depois de um café forte ou de um beijo de amor.
E ela passou, do seu cabelo avermelhado eu ainda me lembro bem, assim como de todo o resto. O cheiro se perdeu, até porque eu nunca cheguei a sentir. E isso é realmente uma pena. Eu a quis pra mim, eu quis dormir com ela, fazer amor com ela, fazer música pra ela, fazer cócegas e pela manhã de inverno amá-la mais uma vez. Mas o momento passou, aquela noite passou, ela passou andando do meu lado e eu anestesiado nada fiz. E hoje, as coisas continuam passando através dos dias, só o que não passa, é a vontade mórbida de voltar no tempo e oferecer um cigarro. Eu que parei de fumar há mais de um mês... 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Romance água com açúcar.




Tá tocando aquela música no meu MP3 velho. Aquela que a gente dançou juntos na primeira noite de todas as outras que estariam por vir, e a gente nem sabia. Do que mais a gente não sabia? Bem, eu posso dizer agora que ainda não sei porque eu não gosto de mais nada que não tenha você no meio. Eu nunca gostei de balada, e você fez todas aquelas pessoas bêbadas, aquela música ensurdecedora e todo aquele calor parecerem mágicos. Você é algum tipo de mágico, anjo ou feiticeiro? Ou simplesmente me ofereceu o melhor e mais eficiente drink da boate? Você adivinhou que morango é o meu sabor preferido ou sorrateiramente pesquisou pra não errar? Você sabia do meu medo de multidão ou me deu a mão só por dar? Posso dizer que fez toda a diferença. E o diferente é o que te torna especial, assim como eu me senti um alien de sapatilha e saia rodada no meio de tanta mulher de vestido colado e saltos torturadores. Ainda assim você disse que eu era a mais bonita dali. Não era esse o propósito, eu não estava confortável naquele erro. Mas pra te ver falando daquele jeito de novo, eu erraria mil vezes mais.
 E depois disso tudo, eu às vezes deixo de ouvir minha bossa nova pra ouvir essa música, que agora me pertence, nos pertence. As batidas da música sintonizam com as batidas do meu coração e logo seu sorriso me vem à mente, não aquela risada desesperada de quando eu te faço cócegas, mas sim aquele sereno que você dá um segundo antes de me dar um beijo.
Você me fez mudar de ideia quanto a minha série predileta, você mudou a senha do meu email pro seu nome, você como todos os meus morangos, você dorme em cima do meu braço e deixa ele dormente, você abre a minha água com gás, você acaba com meu hidratante favorito, e acaba com a minha cara de brava, e acaba com os meus medos do futuro, e desfaz o meu coque, o meu ciúme, a minha cama... Você me desvira e vira meu mundo do avesso. Você me domina, me fascina, me morde e me sorri. E tudo começou com uma música, com uma dança. E hoje, sem você, o que seria de mim? 

sábado, 4 de agosto de 2012

Daydreaming

    A gente ri, conversa, se curte, se beija. E quando me distraio, olhando atenta pra novela, você acaba dormindo. É sempre assim, e eu acabei me acostumando. Você se encolhe debaixo da minha coberta, se ajeita no meu sofá pequeno e ganha um sorriso meu, e nem ao menos sabe. 
Respira calmo, tem uma expressão serena, pacífica, quase que angelical. Eu não consigo olhar pra mais nada, a não ser você. Você toma toda a minha atenção pra si, e nem percebe. E eu fico imaginando se isso é efeito do amor que sinto, ou mais uma das suas trezentas e cinquenta e mil habilidades em ser bom, só pela paz que me passa. E eu não vou parar pra dizer o quanto você é bom, porque seria injusto com todo o resto.
Sinto uma emoção dentro de mim ao repassar em pensamento a sorte que tive ao te encontrar, que meus olhos se enchem, e assim transbordam. E é assim enquanto escrevo, digitando devagar, com medo de te acordar. Eu não devia chorar, eu sei. Eu não devia sentir nenhuma ponta de algum sentimento ruim indefinido. Eu não deveria ter dor de cabeça, enjoo ou cólica. Porque eu tive a sorte, a glória, a benção de ver você entrando e permanecendo na minha vida. E isso, é o suficiente pra anular qualquer coisa minimamente ruim no mundo, no meu mundo. Dia após dia, eu agradeço a Deus por ter você.
Você continua dormindo, sereno. Tão calmo, que ao menos parece ter imagens povoando seu sono. E então tenho a conclusão, meu amor, que enquanto você dorme, quem parece estar tendo um sonho sou eu. E o melhor, é saber que você vai acordar, sorrir pra mim e quem sabe me beijar até a hora em que não mais puder. E eu não. É tudo verdade, realidade. É tudo eu, tudo você. É tudo nós. É maravilhoso dormir, vivendo. Mas é inexplicável viver sonhando. E com você, além de qualquer coisa, isso é possível. Sem mais palavras amor, eu te amo.

Thainara C.


terça-feira, 12 de junho de 2012


Amor, esse é o nosso primeiro dia dos namorados juntos. Quatro meses juntos, dois de namoro e então, ao pensar nesse tempo, que é relativamente pouco, muitas coisas me vem a cabeça. Então, deixa eu começar do começo… 

Eu nunca imaginei que encontraria alguém tão especial como você naquele dia, naquele lugar, no meio daquelas pessoas. Não tem como eu não repetir, que o jeito como você me tratou sem ao menos me conhecer direito, foi encantador. Você é encantador, não apenas foi. Mas isso eu só descobri depois.
Eu queria descobrir o que faz você ser essa pessoa que você é. Tão bondoso, gentil e carinhoso. Tão amável e de fácil convivência. E eu não conheço ninguém que tenha vindo até mim falar mal de você, e realmente se viessem, entrariam em uma discussão. Porque eu respiro dessa sua bondade, eu sinto dessa sua generosidade de perto, eu vivo desse seu amor. Não é a toa que nesse tempo que a gente tá junto, a gente sequer teve uma briga. E não é porque a gente é um casal morno e sem graça, não na minha opinião. É porque brigar com você de mentirinha é muito mais divertido, e no final, eu ainda ganho um beijo. E acima de tudo isso, meu amor, eu não tenho motivos pra reclamar, eu não tenho razões pra te cobrar nada e nem tenho esse direito. Porque Di, eu não imaginava que existiam pessoas tão boas como você. E se um dia eu pedi a Deus um bom namorado, ele me deu você, que é maravilhoso. Em todo e qualquer sentido. Lindo! Lindo! Lindo por fora, por dentro, de lado e do avesso. E digo isso sem medo de parecer patética ou uma boba apaixonada. E eu tô aqui escrevendo e chorando. Chorando de felicidade, por saber que hoje você vai estar do meu lado. 
Eu, particularmente, não sei como você me aguenta. Sendo eu tão chata, reclamona e carente. Ou eu talvez saiba, porque eu sinto que quando você me olha, me beija, me abraça ou até me morde, que o que você sente por mim, não pode ser nada menos que amor. E sinceramente amor, eu fico orgulhosa da gente, por termos construído uma relação tão linda, leve e sincera. É claro que ainda temos muitas coisas pra passar pela frente, mas eu sei que com você ao meu lado, tudo vai estar bem, inclusive as dificuldades. 
Amor, levando em conta que Dia dos Namorados não se comemora toda semana, quero que tente captar a sinceridade e a força no que vou dizer… Espero que esse seja o primeiro de muitos dias como esse. Porque eu te amo, e até consigo viver sem você, mas eu simplesmente não aceito essa condição.
Te amo amor, felicidades pra nós. ♥ 

terça-feira, 20 de março de 2012

Menina.

A menina está sentada sozinha no banco da praça. A menina que ouve canções de bossa nova. A menina que vive num mundo paralelo. A menina que se veste bem e faz teatro. A menina felizmente desencontrada. Aquela do tênis antigo, da beleza misteriosa, do sorriso escondido. A filha querida do papai, a menina da vovó. É a mesma menina que se apaixonou.

E agora ela ouve suas canções, que ganharam novos sentidos. Agora ela entendia tudo e lia perfeitamente nas entrelinhas. Agora ela entendia a luz das estrelas, gostava do arder do sol e admirava o tamanho da lua. Sentia-se igualmente cheia e em algumas situações, minguando também. Descobriu-se solidária com a dor do mundo. O amor lhe fazia bem.

Uma corrente de sentimentos a invadia dia após dia. Como se seu corpo tivesse virado moradia para um arco-íris. Cada cor com sua dor, cada qual com sua essência. Sua cabeça pesou, seu coração apesar de bondoso, chorou. Apaixonar-se não foi fácil, nem mesmo pra menina dos cabelos cacheados.

A menina chora no travesseiro baixo pra ninguém ouvir. A menina que evita cruzar com certos olhares. A menina que se sente sozinha nas noites do fim de semana. A menina que não quer mais romantismo nem mesmo nas suas músicas, mas que ouve apenas pra torturar seu pobre coração. A menina que não quer multidão, pois se acostumou com a solidão. É a mesma menina que se desencontrou.

E a culpa não era dela. A menina estava completamente apaixonada. A culpa era dele, por se apaixonar tão somente, infelizmente, pela ideia de estar apaixonado.

sexta-feira, 9 de março de 2012

apaixonado.

Eu queria que você soubesse, pequena, que amo o seu sorriso. Principalmente quando é aquele tímido, quando você olha pra suas próprias mãos e sorri. Me dá uma vontade de te roubar pra mim, de te trancar lá em casa, só pra eu poder assistir esse espetáculo todo dia.
E eu adoro sua voz. Quando você acorda,dessituada em relação ao tempo, ela fico meio rouca e eu chego a fechar os olhos, quando ouço meu nome proferido pela sua voz. Meu nome na sua voz,pequena,parece música.
Posso afirmar com toda certeza que amo seus olhos. Quando eles se apertam quando você sorri, sinto algo dentro de mim derreter. E eu aprecio também a manchinha de rímel, quando você chora. Não, não minha pequena, não é maldade não. Eu gosto de ver, porque presenciando, eu vou estar lá pra te socorrer. E te socorrer é pra que eu vivo.
Teus cabelos pequena, ah, os seus cabelos. Não são loiros da cor do sol, muito menos negros como a noite. São castanhos, uma mistura.Como se carregassem a luz do sol e o aconchego da noite. Medianos e levemente encaracolados. Perfeitos, eu diria. Diria e digo, seus cabelos são minha perdição.
E como não amar seu nariz empinado? Que faz com que essa doce face, ganhe um ar metido. Um ar docemente contestador. Um ar de mulher decidida. Teu ar falsamente metido, me dá vontade de te conhecer melhor, só pra depois provar pro mundo, o quanto eles estavam errados, por julgá-la pelo seu nariz pra cima. Semelhante a sua auto estima.
O seu tamanho, minha flor de lis, me dá vontade de te pegar no colo e cantar Los Hermanos. Só pra todo mundo saber, que “do nosso amor, a gente é que sabe, pequena...”
E então, minha bela. Sua boca... Não sei se consigo falar dela, uma vez que posso me perder, imaginando os seus beijos, que dela provém. O seu sorriso é um capítulo a parte, eu sei. Sobre eles, explicação nenhuma é o suficiente, mas os seus lábios... Ah pequena, esses eu deixei pro final, porque deles eu não quero falar, deles só quero provar. Portanto, vem. Vem pequena, vem e me beija. Vem e me acalma com seu sorriso, pra logo depois me perturbar com seus beijos. Vem que minha face desajeitada, se sente muito mais amada, quando ganha um beijo teu.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Porque talvez o meu lado efusivo, seja apenas um disfarce. Talvez eu goste de ouvir a música brega do vizinho e a cante inteira baixinho, pra ninguém ouvir. Pode ser que eu grite que odeio meio termo, mas ame café com leite morno. Porque o quente demais, me dói os dentes. E ainda nessa onda, eu goste de coisas mornas também. Tem dia em que odeio o rosa pink e tenho vontade de me vestir toda de nude e passar despercebida. E de não sorrir pra ninguém, mas ainda assim eu o faça, mas não por falsidade, mas por pura educação.
Vontade de sentar no meio do deserto e abraçar um cacto, e chorar arrancando os espinhos. Mas não pelos espinhos em si... É que têm dias, em que a gente precisa de disfarce pra chorar. Chorar por nada virou clichê, ninguém mais bota fé. Sua dor pros outros, virou draminha infantil. Por isso eu invento cólica, dor de barriga, dor de cabeça e sono... Ah, o sono. Eu faço da minha preguiça um troféu. Ela me salva. Mas ela não é de um todo verdadeira... Eu a invento de vez em quando, porque às vezes eu só quero estar no meu deserto e arrancar meus espinhos sozinha.
Certas vezes eu canso das séries americanas e odeio os americanos também. Mas não por eles terem Nova York só pra eles, mas porque eles me irritam. Então eu grito “Fuck you” em inglês, só para que entendam. Eu sou mais que uma pessoa irritante, eu sou inteiramente irritável.
Eu canso muito rápido de filosofias vãs, mas amo demais uma frase de efeito. E acho, na realidade, que eu sou uma pseudo-intelectual. Porque eu sou tão burra. Burra por bater o dedinho na quina quando eu sei que é só afastar um pouquinho o pé, burra por tentar agradar, burra por achar que um dia eu vou orgulhar alguém, burra por beber ao invés de estudar, burra por estar onde eu não queria estar... Burra, burra, burra.
Mas sei lá, talvez o meu lado burro seja apenas um disfarce. Um disfarce que pessoas que sentem demais usam, pra não se machucarem tanto. Vai saber...Eu não sei.

domingo, 12 de fevereiro de 2012


Sentou de frente pro mar, pensou ser capaz de aliviar os pensamentos ao observar as ondas que quebravam. Era de uma beleza singular, pensou ela, enquanto o mormaço a fazia corar.
Seu peito estava apertado, como se alguém muito forte segurasse seu coração sem o menor propósito de soltá-lo. Sua boca seca, mas não pelo calor que ali fazia, mas por qualquer outra coisa. A boca seca, assemelhava-se aos olhos. Secos. Sem mais lágrimas. No fim, isso era bom pros olhos, mas não pra boca. Era como se até um grito interno de socorro precisasse de saliva, mas então, deu-se a sensação de que só ele lhe dava água na boca, e ele se foi. Tinha ido pra longe, como uma onda em recuo.
Quis se enterrar na areia e definhar ao calor, pensou em entrar no mar e se afogar ou pelo menor beber um pouco de água salgada, e passar mal de vez. Afinal, qualquer dor física era melhor que aquilo. Uma dor maçante, sem nome, sem lugar definido, sem fim.
A pequena moça não esperava ter que sobreviver a uma perda, nunca havia passado por uma coisa parecida, sequer havia pensado que era possível algo doer do jeito que estava doendo e o desconhecimento de tal dor, era de certo modo fatal. Ela nunca sabia o que estava por vir. O tempo, conhecido por curar, só fazia a dor aumentar a cada dia, só fazia o vazio ficar mais escuro, o aperto mais denso. O tempo tornou-se vilão.
De certo um dia ela iria se lembrar daquele dia de solidão na praia e rir. Ia se achar patética ao se lembrar das teorias para acabar com sua vida. Teorias tão bobas e infantis. Ela iria contar isso a sua filha quando perdesse um namorado na adolescência, ia servir de exemplo pras amigas ao sobreviver àquela dor que um dia julgou permanente. Mas ali, naquele momento, era impossível pensar em levantar-se, quanto mais em sobreviver. Pois drama é a coisa mais normal do mundo, e é compreensível. Tristeza é natural quando alguém que fazia sua alma sorrir, mergulha em uma onda e nunca mais volta. Levando o seu sorriso, afogando seu coração em dor.
A pequena não tinha culpa, em sofrer tanto de amor.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


Boa tarde meu amor. Prefiro achar que é tarde, quando estiveres lendo essa carta. Melhor ainda... Que seja fim de tarde. Que o sol esteja se pondo, ou que a chuva de verão esteja caindo bravamente. Que tenha raios e trovões se houver mesmo chuva. Sei o quanto aprecia esse cenário, sei o quanto fica melancólica e de prontidão imagino sua cabeça recostada em meu peito, enquanto olhavas pela janela aberta, naqueles fins de tarde de janeiro. E por assim pensar, me pego fraquejando, tremendo a mão que antes estava firme e decidida. Você vai notar que minha caligrafia mudou, quando atenuei meu pensamento nas nossas tardes. Eu não pude evitar. Meu bem, por mais incrível que possa parecer, de cada elemento seu que tenho guardado comigo, o que sinto mais falta não é a intensidade do seu beijo, nem o carinho guardado em seu abraço e nem mesmo o reconforto que o seu perfume me trazia. Ressalvo que sinto falta de você inteira, em qualquer circunstância, todavia, sei que posso ter qualquer um desses elementos de volta. Já a simplicidade do seu sorriso, minha bela, é algo, infelizmente, perdido no tempo.
Eu não esperava que uma maravilha do meu mundo fosse capaz de se esvair. Os seus sorrisos nunca mais foram sinceros ao me ver passar, sempre me pergunto como isso pode ter acontecido. Eu e você sabemos, que essa resposta também se perdeu no tempo, assim como outros detalhes de nós dois. Me perdoa se me perdi completamente na introdução, eu só quis escrever pra dizer que hoje eu avistei uma linda rosa e de imediato me lembrei de você. E aproveito pra pedir perdão por qualquer outra coisa não dita em qualquer momento. Sei que você odeia esse meu jeito abrangente, é que eu só sou detalhista quando se trata de uma só pessoa, e essa pessoa é você.
É fim de tarde agora meu amor, está chovendo, e minhas lágrimas cismaram em querer “chover” por cima das minhas palavras que estão desajeitadas por conta da minha emoção. Você ama tempestades meu bem, porque você é igualmente tempestade. Por outro motivo, por que estaria eu tão devastado depois que você passou?
E ainda assim, eu só consigo te amar. Que sua vida seja um eterno fim de tarde, com amor... De um coração que sempre será terra pra te esperar chover.
Thainara C.