Porque talvez o meu lado efusivo, seja apenas um disfarce. Talvez eu goste de ouvir a música brega do vizinho e a cante inteira baixinho, pra ninguém ouvir. Pode ser que eu grite que odeio meio termo, mas ame café com leite morno. Porque o quente demais, me dói os dentes. E ainda nessa onda, eu goste de coisas mornas também. Tem dia em que odeio o rosa pink e tenho vontade de me vestir toda de nude e passar despercebida. E de não sorrir pra ninguém, mas ainda assim eu o faça, mas não por falsidade, mas por pura educação.
Vontade de sentar no meio do deserto e abraçar um cacto, e chorar arrancando os espinhos. Mas não pelos espinhos em si... É que têm dias, em que a gente precisa de disfarce pra chorar. Chorar por nada virou clichê, ninguém mais bota fé. Sua dor pros outros, virou draminha infantil. Por isso eu invento cólica, dor de barriga, dor de cabeça e sono... Ah, o sono. Eu faço da minha preguiça um troféu. Ela me salva. Mas ela não é de um todo verdadeira... Eu a invento de vez em quando, porque às vezes eu só quero estar no meu deserto e arrancar meus espinhos sozinha.
Certas vezes eu canso das séries americanas e odeio os americanos também. Mas não por eles terem Nova York só pra eles, mas porque eles me irritam. Então eu grito “Fuck you” em inglês, só para que entendam. Eu sou mais que uma pessoa irritante, eu sou inteiramente irritável.
Eu canso muito rápido de filosofias vãs, mas amo demais uma frase de efeito. E acho, na realidade, que eu sou uma pseudo-intelectual. Porque eu sou tão burra. Burra por bater o dedinho na quina quando eu sei que é só afastar um pouquinho o pé, burra por tentar agradar, burra por achar que um dia eu vou orgulhar alguém, burra por beber ao invés de estudar, burra por estar onde eu não queria estar... Burra, burra, burra.
Mas sei lá, talvez o meu lado burro seja apenas um disfarce. Um disfarce que pessoas que sentem demais usam, pra não se machucarem tanto. Vai saber...Eu não sei.
quarta-feira, 7 de março de 2012
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Amei esse Thai. De verdade, e não foi uma parte específica, foi ele todo!
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