domingo, 27 de março de 2011

He's only sixteen.

Eu te empurrar quando você quer um beijo não é bobeira, desconversar não é mistério, apenas rir quando você diz que quer me ter pra sempre não é deboche, é realidade. Eu sei da real verdade. E afinal, rir é melhor que chorar.
Deboche é quando eu olho dentro dos teus olhos e você desvia, rindo com cara de um aprendiz de canalha, me dando um beijo molhado e mudando de assunto. Como se você pudesse e eu não.
Eu quero ser fria, eu vou te dar um gelo, eu vou te congelar pra mim. Eu quero te prender, para que só eu possa te ter. Isso não é pecado, nem egoísmo, é apenas minha vontade. Que ás vezes eu repudio, mas na maioria das vezes não.
Eu odeio quando você mente, dá vontade de te morder com raiva, mas eu sei que vai surtir o efeito contrário. Eu vou acabar passando amor. Mas ainda assim odeio quanto você mente com todas as minhas forças.
Odeio quando só sorri fraco quando está com seus amigos, passando na rua como se eu não fosse nada, como se um dia você não tivesse me pedido para que eu fosse tudo. Mas eu neguei, e ainda nego. Porque eu até posso te querer por cem anos, mas você não aguentaria nem um comigo. Pois apesar da minha caridade, baby, eu posso ser cruel. Eu posso te dar veneno e pateticamente rimando... Até te levar pro céu. Porém o inferno é logo ali, e eu não hesitarei de fazer sua vida parecer com ele. E sabe o por quê disso? É porque eu tô ferida, porque coração é terra que não se brinca e você entrou achando que era um playgroud.
Eu tô puta da vida, porque você com esse sorriso besta e beijo desajeitado, foi entrando na minha mente com esse jeitinho adolescente, e eu meio descrente fui deixando acontecer.
Agora você gostou da brincadeira e enquanto eu grito de dor por dentro, eu grito com um tom bem elevado que você só pode estar brincando quando diz que eu preciso de você, e quero você como namorado. Eu blefo sem habilidade, mas você é só um pirralho. Meu pirralho, aprendiz de canalha.

quarta-feira, 2 de março de 2011

To me.

Escrito em 01 de março de 2011

29 de fevereiro de 1992, não sei a hora exata, mas nascia uma estrela. Sim, Thainara, do tupi, estrela. Ela veio ao mundo assim como todos os outros bebês, chorando,suponho. Mal sabia ela que o choro viria a acompanhá-la em sua jornada de vida. Ora de tristeza, ora de felicidade. Porém sempre haveriam lágrimas.
Ela era de toda normalidade, porém, nascer em um dia que só existe de quatro em quatro anos é diferente. Pra não dizer bizarro. Então, sem poder ser de outra forma, seu dia se tornou primeiro e seu mês se tornou março. Bom o fato de se manter pisciana, odiaria ser de qualquer outro signo. É sensível, chorona e sensitiva sim. Tem orgulho disso.
Aos poucos notou que assim como as lágrimas, palavras se tornaram companheiras insubstituíveis. Com elas e com um pouco de imaginação – que não lhe falta – ela poderia ir a qualquer lugar, em qualquer tempo, com qualquer pessoa.
Na infância foi feliz. Poucas perdas, muitos ganhos.
Na pré- adolescência muitos amigos. Ou ela pensava isso. Muitos cometem esse erro. Descobriu com o passar do tempo que fragilidade não significava fraqueza. Porém só aprendeu a colocar isso em prática depois, bem depois. Ainda na pré-adolescência, o primeiro beijo. Tenso, rápido e ruim. Sem tanto sentimento.
Na adolescência o primeiro namoro. O primeiro amor. Talvez só o primeiro, porém até hoje o único. Acabou. Doeu. Dói de vez em quando.
A vida não lhe cobrou muito, porém doar-se é característica dela. Sofreu, se magoou, mas não poderá jamais dizer que não foi feliz. Amou escola, amou os amigos de lá, está amando a faculdade. Ama se identificar, ama fazer novos amigos e pode dizer que teve sorte. Está cercada de boas pessoas. Se não são, ainda não descobriu.
Hoje, dezenove anos. Não sente a maturidade correr pelas veias, não sente como se a responsabilidade fosse uma tatuagem que você faz em um determinado dia e nunca mais sai, não se sente tão adulta. Muito pelo contrário... Ás vezes criança demais. Nada mudou de ontem pra hoje, além do 8 dar lugar ao 9 na segunda casa decimal. As coisas vieram mudando desde o dia 29 de 1992, e é assim que ela sabe que vai ser ainda por muitos outros anos, ou pelo menos é isso que deseja. Até Deus permitir que acabe.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sem mais.


Uma noite quente é o que eu tenho, nada mais. A inspiração já me fugiu, sua risada está longe, meus amigos viajaram, um abraço fraternal não me quer e eu mesma ando me odiando...
Por que tudo anda tão desfocado? Talvez eu esteja fora de mim. Talvez não, eu realmente estou.
Eu não choro mais por nada, mas ainda dói. Essa dor que me parece incurável uma hora dessa, e na madrugada eu finjo estar bem e danço sozinha, e a dor não passa. Vou para a varanda e inspiro o ar quente, porém leve. Tem me feito bem, pelo menos ainda tenho o ar. Sem contar que as estrelas tem sido boa companhia em noites sem chuva e hoje está chovendo. O que aperta é que eu, que sempre me comparava a elas, ando tão sem brilho.
Queria minha antiga vida de volta, meus antigos hábitos, minha risada alta que é tão minha. Agora, a melancolia me tomou pra ela. Isso é realmente péssimo e já me vejo no fundo do poço.
Porém é do ser humano toda essa esperança que se esconde em alguma parte não localizada em cada coração. E é me agarrando no último fio dela que me resta, que espero ouvir sua risada, meus amigos retornarem, o tal abraço fraternal, para enfim, ter minha inspiração de volta.



* A todos que me dão selos, muito obrigada, me sinto honrada, de verdade. E eu não estou ignorando-os, estou apenas me organizando, para em breve postá-los e fazer minhas indicações. Obrigada mais uma vez. ;*

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

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Particularmente, não fico muito feliz em ver as máscaras caindo. Pois quanto mais elas caem, mais meu coração se parte.

- "Não confundir bobos com burros." Já dizia Clarice Lispector. Eu deveria saber.