quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O meu tempo.

Segundo o que estudei na primeira aula na faculdade, o tempo é algo arbitrário e variável, o que é óbvio, pra mim pelo menos. Pois uma vez que estamos bem e em ótima compania, por exemplo, o tempo passa depressa, enquanto quando acontece o oposto a sensação parece contrária. Pra mim, hoje, o tempo é vilão.
Me encontro em uma situação um tanto quanto paranóica, parece que tudo está conspirando contra mim, inclusive o tempo. Este que não passa, e não passando não apaga certos sentimentos.
Não dizem por aí que o tempo resolve tudo? É, estou esperando.
O tempo. Kronos na mitologia grega, aquela figura bizarra que devorava seus filhos, uma referência ao passar do tempo e ao fim da vida. O tempo realmente devora tudo. Passando o tempo se envelhece, se perece, se morre. Para uns ele vôa, pra mim ele se arrasta.
Será mesmo que tais 24 horas são as mesmas pra você? E aqueles dois anos? Acho que nunca saberei, nem quero. Certas coisas são enterradas com o tempo, vou deixar essa curiosidade mórbida de você ser enterrada de uma vez por todas.
- Ei senhor tempo, vai me ajudar dessa vez?
Só o tempo irá dizer, que bizarro.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac... ele ainda se arrasta. Que horas são? Ah, deixa pra lá! Se eu ainda não esqueci, é porque ele ainda não passou.
Quantas horas serão necessárias? Quantas olhadas no calendário? Quantas fases lunares? Quantos invernos?... Pena o tempo ser tão fácil de ser contado, e tão difícil de passar.
Será que sempre estiveram errados? Será que o tempo não apaga certos sentimentos? Se assim for, juro ficar sem alternativas.
Pois com que poderei contar, senão com o tempo?

(O Tempo_ Móveis Coloniais de Acajú)

Thainara Oliveira ;*

Um comentário:

  1. Tem coisas que nem o tempo apaga; o melhor q fazemos é guardar, bem escondido, pra que nem nós mesmos achemos.
    =*

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