quarta-feira, 2 de março de 2011

To me.

Escrito em 01 de março de 2011

29 de fevereiro de 1992, não sei a hora exata, mas nascia uma estrela. Sim, Thainara, do tupi, estrela. Ela veio ao mundo assim como todos os outros bebês, chorando,suponho. Mal sabia ela que o choro viria a acompanhá-la em sua jornada de vida. Ora de tristeza, ora de felicidade. Porém sempre haveriam lágrimas.
Ela era de toda normalidade, porém, nascer em um dia que só existe de quatro em quatro anos é diferente. Pra não dizer bizarro. Então, sem poder ser de outra forma, seu dia se tornou primeiro e seu mês se tornou março. Bom o fato de se manter pisciana, odiaria ser de qualquer outro signo. É sensível, chorona e sensitiva sim. Tem orgulho disso.
Aos poucos notou que assim como as lágrimas, palavras se tornaram companheiras insubstituíveis. Com elas e com um pouco de imaginação – que não lhe falta – ela poderia ir a qualquer lugar, em qualquer tempo, com qualquer pessoa.
Na infância foi feliz. Poucas perdas, muitos ganhos.
Na pré- adolescência muitos amigos. Ou ela pensava isso. Muitos cometem esse erro. Descobriu com o passar do tempo que fragilidade não significava fraqueza. Porém só aprendeu a colocar isso em prática depois, bem depois. Ainda na pré-adolescência, o primeiro beijo. Tenso, rápido e ruim. Sem tanto sentimento.
Na adolescência o primeiro namoro. O primeiro amor. Talvez só o primeiro, porém até hoje o único. Acabou. Doeu. Dói de vez em quando.
A vida não lhe cobrou muito, porém doar-se é característica dela. Sofreu, se magoou, mas não poderá jamais dizer que não foi feliz. Amou escola, amou os amigos de lá, está amando a faculdade. Ama se identificar, ama fazer novos amigos e pode dizer que teve sorte. Está cercada de boas pessoas. Se não são, ainda não descobriu.
Hoje, dezenove anos. Não sente a maturidade correr pelas veias, não sente como se a responsabilidade fosse uma tatuagem que você faz em um determinado dia e nunca mais sai, não se sente tão adulta. Muito pelo contrário... Ás vezes criança demais. Nada mudou de ontem pra hoje, além do 8 dar lugar ao 9 na segunda casa decimal. As coisas vieram mudando desde o dia 29 de 1992, e é assim que ela sabe que vai ser ainda por muitos outros anos, ou pelo menos é isso que deseja. Até Deus permitir que acabe.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sem mais.


Uma noite quente é o que eu tenho, nada mais. A inspiração já me fugiu, sua risada está longe, meus amigos viajaram, um abraço fraternal não me quer e eu mesma ando me odiando...
Por que tudo anda tão desfocado? Talvez eu esteja fora de mim. Talvez não, eu realmente estou.
Eu não choro mais por nada, mas ainda dói. Essa dor que me parece incurável uma hora dessa, e na madrugada eu finjo estar bem e danço sozinha, e a dor não passa. Vou para a varanda e inspiro o ar quente, porém leve. Tem me feito bem, pelo menos ainda tenho o ar. Sem contar que as estrelas tem sido boa companhia em noites sem chuva e hoje está chovendo. O que aperta é que eu, que sempre me comparava a elas, ando tão sem brilho.
Queria minha antiga vida de volta, meus antigos hábitos, minha risada alta que é tão minha. Agora, a melancolia me tomou pra ela. Isso é realmente péssimo e já me vejo no fundo do poço.
Porém é do ser humano toda essa esperança que se esconde em alguma parte não localizada em cada coração. E é me agarrando no último fio dela que me resta, que espero ouvir sua risada, meus amigos retornarem, o tal abraço fraternal, para enfim, ter minha inspiração de volta.



* A todos que me dão selos, muito obrigada, me sinto honrada, de verdade. E eu não estou ignorando-os, estou apenas me organizando, para em breve postá-los e fazer minhas indicações. Obrigada mais uma vez. ;*

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

'


Particularmente, não fico muito feliz em ver as máscaras caindo. Pois quanto mais elas caem, mais meu coração se parte.

- "Não confundir bobos com burros." Já dizia Clarice Lispector. Eu deveria saber.


sábado, 1 de janeiro de 2011

Bad start.


Primeiro post do ano e já é um desabafo mal iniciado. Irônico? Não. Idiota.
Não sei o que sinto na realidade, mas preciso escrever, preciso me esvaziar, preciso me salvar desses sentimentos sem nome que povoam cada parte mal definida do meu corpo.
Respiro, mas com dificuldade. Eu não deveria precisar de outra pessoa pra fazer isso, uma vez que respirar é involuntário, mas preciso. Necessito.
E no fundo, sei que é isso que me aflige. Não consigo mais não pensar e ao fazer isso me lembro o quão ignorada sou, dói. Por enquanto é suportável, mas até quando? Não sei se quero respostas. Afinal, elas serviriam apenas para trazer mais perguntas.
Me sinto mal. Não era para eu me sentir renovada? Por que esses tormentos atravessaram o ano junto comigo? Por que não morreram junto com o ano que se foi?
Isso não é justo, justamente por fazer parte da vida.
Não sinto mais a magia, não me encantei com os fogos de artifício, abracei verdadeiramente, mas não sei se foi recíproco, não encontrei quem eu queria...
Otimista que sou, sei que isso não se arrastará pelo o ano adentro. – A felicidade está escondida dentro de mim, pronta pra sair.
Pessimista que sou, enxergo isso como um sinal. – Amores não correspondidos são minha especialidade. Me conheço.
O que me resta é esperar, deixar a vida seguir, deixar o tempo passar... Mas quem disse que eu consigo? Desconheço.
Por hora é só, sem discursos bem planejados ou contos confabulados. Apenas um desabafo, uma pequena porcentagem do tudo e do nada que sinto e que sei. Do tudo e do nada que me tornei e da incerteza que está por vir.